Ei! Marionetas / Teatro e Marionetas de Mandrágora
Ei! Marionetas - Encontro Internacional de Marionetas de Gondomar 2025
Margens [ PERFORMANCE ]
- Teatro e Marionetas de Mandrágora
 - M/3 . 30mins . acesso gratuito
 - “Margens” é um projeto de criação comunitária inserido na iniciativa “Vestir a Primavera”, desenvolvida pela companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora em parceria com o Município de Gondomar desde 2016. Este projeto centra-se na identidade da região e inspira-se na lenda da criação do rio Douro, profundamente ligada à paisagem natural das margens do rio. A lenda serve de base temática para a exploração artística e o envolvimento da comunidade na criação do espetáculo de teatro de marionetas.
O desenvolvimento de “Margens” inclui uma colaboração com escolas locais, onde os alunos se envolvem na criação de marionetas utilizando materiais sustentáveis. Estas marionetas são concebidas para representar peixes, que encarnam o espírito do rio, inspirando-se no rico património cultural da região. Este processo não só fomenta a criatividade e as competências técnicas, como também incentiva a apreciação do ambiente e das narrativas históricas que moldam a identidade local.
O trabalho com diversos artistas e a comunidade reforça o poder da expressão artística para promover a partilha de conhecimentos e experiências. O projeto emprega uma abordagem multidisciplinar, combinando elementos da área da criação de marionetas, manipulação e interpretação. Proporciona uma plataforma única para se envolverem no pensamento crítico, no debate e na expressão artística, ao mesmo tempo que aprofundam a sua compreensão das tradições.
O envolvimento de diferentes grupos etários e sectores da comunidade em “Margens” promove a coesão social e o intercâmbio intergeracional. - projeto artístico de intervenção no espaço público
 
| 21 JUN 16h00 . SÁBADO | Jardins da Biblioteca Municipal de Gondomar “Camilo de Oliveira” | 
Margens
Conta a lenda que o Rio Douro nasceu das lágrimas de uma princesa. As suas lágrimas douradas eram feitas de sonho e de amargura, e cada gota que caía no solo era um grão de vida que nutria a terra. A terra abriu-se para recebê-las, e a cada lágrima que caia, o chão se abria um pouco mais, dando origem a um pequeno ribeiro. Ao longo dos tempos, o ribeiro transformou-se num rio grande e majestoso — o Douro.
O Rio Douro despertou com o desejo de ser o primeiro dos rios a chegar onde nenhum outro chegara. E assim correu com a força do ouro que no seu leito carregava, para recuperar o tempo perdido naquele longo sono.
o que o festival tem a dizer
Conta a lenda que o Rio Douro nasceu das lágrimas de uma princesa. As suas lágrimas douradas eram feitas de sonho e de amargura, e cada gota que caía no solo era um grão de vida que nutria a terra. A terra abriu-se para recebê-las, e a cada lágrima que caia, o chão se abria um pouco mais, dando origem a um pequeno ribeiro. Ao longo dos tempos, o ribeiro transformou-se num rio grande e majestoso — o Douro.
O Rio Douro despertou com o desejo de ser o primeiro dos rios a chegar onde nenhum outro chegara. E assim correu com a força do ouro que no seu leito carregava, para recuperar o tempo perdido naquele longo sono.
Teatro e Marionetas de Mandrágora
O Teatro e Marionetas de Mandrágora é uma companhia profissional de teatro de marionetas com direção artística de Clara Ribeiro e Filipa Mesquita e direção plástica de enVide neFelibata. A Companhia foi fundada a 2 de abril de 2002. Na simbiose de uma linguagem simbólica que conjuga o património e o legado tradicional com o pensamento e a dinâmica da sociedade contemporânea, num diálogo nem sempre pacífico surge um elemento fundamental, a marioneta. Este elemento apoia-nos na procura de uma identidade cultural própria.
O nosso objetivo é o de descobrir as potencialidades estéticas, plásticas, cénicas e dramáticas da marioneta em si mesma, como em relação com o ator e nessa descoberta explorar a dramaturgia que nos caracteriza: a de explorar a cultura, a crença e a lenda aliada à urbe, à exploração tecnológica e à velocidade da aldeia global. Ao longo do nosso percurso artístico têm sido diversas as propostas quer nos públicos; adulto, jovem, escolar e familiar; quer na formação de base ou especializada. Uma das nossas grandes apostas é a digressão nacional e internacional dos projetos. Descentralização, trabalho comunitário, criação em parceria e a valorização social e inclusiva são preocupações preponderantes no nosso quotidiano.
Ao longo destes 22 anos afirmámos a Companhia como uma estrutura de criação artística contemporânea através das dezenas de propostas de espetáculos apresentadas nacional e internacionalmente, quer sejam criações próprias, bem como em colaboração com outras estruturas e entidades culturais nacionais e internacionais.
Temos como premissa dar espaço à liberdade criativa da nossa equipa artística, garantindo a existência dentro da própria estrutura de várias linguagens e diversas visões que se unem num ponto comum do desenvolvimento da arte do teatro das marionetas. A ponderação sobre a problemática das fragilidades sociais e um olhar atento sobre tradições e sobre o património são as bases da dramaturgia da estrutura que se consolidam em olhares distintos, mas simultaneamente convergentes.
É fundamental o diálogo com os diferenciados públicos e a envolvência da criação nos distintos contextos e espaços, bem como a interceção entre entidades e estruturas, criando propostas multidisciplinares que visam sobretudo a comunicação artística com os públicos.
Salienta-se ainda a colaboração com inúmeros serviços educativos no programa de implementação de atividades em instituições como monumentos, museus e património edificado.
ficha artística
TEXTO, ENCENAÇÃO, DRAMATURGIA Clara RibeiroDIREÇÃO ARTÍSTICA Clara Ribeiro
DIREÇÃO PLÁSTICA Rúben Gomes
INTERPRETAÇÃO Bruna Geraldes, Clara Ribeiro, Eduarda Geraldes, Gaspar Coelho, Gil Ribeiro, Joaquim de Sousa, Leonor Ramos, Margarida Botelho, Mariana Ferrão, Nuno Orrego, Rita Silva
MARIONETAS Associação Social de Silveirinhos - São Pedro da Cova, Migvel Tepes
MÚSICA CÉNICA Hélder Duarte, Paulo Cavernas
FOTOGRAFIA DE CENA Ana Filipa Rodrigues
VÍDEO PROMOCIONAL Nuno Pinto
PRODUÇÃO Teatro e Marionetas de Mandrágora
PRODUÇÃO EXECUTIVA Hélder David Duarte
APOIO República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes, Município de Espinho/Câmara Municipal de Espinho, Município de Gondomar
links
- ei.marionetasmandragora.pt
 - loja.marionetasmandragora.pt
 - marionetasmandragora.pt
 - facebook.com/marionetas.mandragora
 - instagram.com/marionetas_mandragora
 - youtube.com/@MarionetasMandragora
 
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foi assim
Apresentou-se o projeto “Margens”, encerrando assim um ciclo que iniciou com a chegada da primavera e que agora se fecha com o fim da mesma e a chegada do verão.
Foram trabalhadas temáticas relacionadas com a identidade do Concelho de Gondomar. A relação com o Rio Douro de um modo poético recorrendo a objetos, marionetas, jogos dramáticos, música ao vivo e encerrando com a implementação de uma escultura nos jardins da Biblioteca Municipal de Gondomar Camilo de Oliveira que nos últimos anos tem recebido consecutivamente o projeto “Vestir a Primavera”. Foi assim a implementação de uma grande figura de intervenção com o espaço florestal que relacionam as atividades artísticas do Teatro Marionetas de Mandrágora, com a sazonalidade e a sua celebração, aliando agora também a proximidade da chegada do encontro Ei! Marionetas.
Este projeto estende-se no tempo mediante um inúmero conjunto de sessões presenciais, para a criação das marionetas e exploração do jogo dramático com os participantes. Numa primeira fase numa estreita colaboração com a Associação Social de Silveirinhos, e numa segunda fase através de um trabalho intensivo com crianças, muitas delas frequentadoras das atividades de férias no Teatro e Marionetas de Mandrágora, atividade essa desenvolvida através do programa da Escola da Marioneta, implementado na Casa Branca de Gramido de uma forma regular e continuada.
A criação da escultura de grandes dimensões esteve a cargo do artista Migvel Tepes, que a elaborou para ser movida através do espaço público, recorrendo a uma bicicleta. As barbatanas, articuladas através da rotação das rodas da bicicleta, deste peixe simbólico, relaciona o Rio Douro com todo o projeto artístico desenvolvido.
A direção artística deste projeto esteve a cargo da Clara Ribeiro que tem uma vasta experiência no trabalho com instituições e cujos utentes ou alunos muitas vezes se encontram em situação de vulnerabilidade psicológica, ou física. A sua vasta experiência na área das marionetas conduziu a que se pudesse articular um programa que ao longo dos anos se foi amplamente desenvolvendo, quer seja através do trabalho que os participantes desenvolvem entre si, no relacionamento das apresentações com o seu núcleo comunitário familiar e social, ou na articulação do desenvolvimento de atividades para a melhoria de qualidade do desenvolvimento artístico pessoal.
A equipa de atores e formadores, que integra o espetáculo permite um conforto às equipas participantes, sendo pessoas de tenra idade ou indivíduos em situação de vulnerabilidade que se encontram muitas vezes na dependência de uma guia estruturada durante o espetáculo, que lhes possa conduzir ao longo da atividade. A música ao vivo, traz uma dimensão ampliada no sentido em que estamos em contacto direto com diferentes formas artísticas nomeadamente o teatro, a música, a expressão plástica, o que confere ao projeto uma dimensão artística concreta, real e direta que cria afetação não só no público, como sobretudo, uma afetação futura sobre os seus participantes, tendo em consideração que trabalhamos jovens participantes que de algum modo crescem com a Companhia, desenvolvendo um programa artístico, que se torna parte do seu quotidiano e assim cumpre a função de que sem dúvida o crescimento artístico, numa relação social cria indivíduos sensíveis, com um conjunto de ferramentas na relação com o outro, bem como na relação com os públicos, que será fundamental no seu crescimento pessoal.
É um trabalho intenso que gera uma continuada relação não só aos jovens públicos, que ao longo dos anos se tornam públicos críticos, presentes, analíticos, interventivos e capazes de entender através da sua sensibilidade a dimensão artística e o quão importante ela é numa sociedade equilibrada, atenta a si, que dialoga através da realidade, uma articulação entre pessoas e dimensões poéticas.
  
  
  
  
  

